As empresas e suas bancas jurídicas!

O que esperam as grandes e médias empresas atualmente de suas bancas jurídicas? Há varias respostas possíveis que certamente passam pela cabeça dos gerentes, controllers, diretores jurídicos e financeiros e todos àqueles que se relacionam e dependem, em nome de suas corporações, do trabalho do “Juridico Terceirizado”.

Um fato, no entanto, se sobrepõe aos demais: as bancas jurídicas devem ser empresas jurídicas, cabendo aos advogados e gestores – sim empresa jurídica tem de ter um gestor ou administrador – pensarem como empresário e nas diversas forças que podem influenciar essa relação.

A empresa jurídica deve ter uma política de Gestão de Processos, Gestão de Pessoas, Gestão de Atendimento ao Cliente e Gestão Financeira. Deve pensar os processos judiciais e o contencioso de seu cliente, acima de tudo como ganho e perda financeira e buscar com estratégia e menor custo, o resultado. Empresário não quer saber do “juridiquês” e sim da análise de perda e ganho de suas demandas, análise de risco de novos processos, além da interpretação de novas legislações, sejam ela no âmbito fiscal, ambiental ou no âmbito do e-commerce, por exemplo.

A empresa jurídica tem de estar próxima dos clientes e dos seus anseios, seja na preparação da estratégia para uma audiência, ou sustentação oral no Tribunal, como analisando no final do ano a “pesquisa de satisfação ao cliente”, que certamente passarão por melhores em suas ferramentas de comunicação, estrutura de TI e busca de uma consultoria externa.

Lembro que mesmo sendo terceirizado, o jurídico é a extensão da própria empresa e deve estar próximo e familiarizado com o planejamento estratégico, metas e dificuldades dessa corporação. É o Juridico funcionando como ferramenta de gestão.

Nunca uma banca jurídica vai superar o seu principal requisito: A qualificação humana, ou seja, advogados altamente preparados, com conteúdo jurídico, visão estratégica , sedentos por informações de mercado e novos desafios, costurando a camiseta da empresa jurídica e do cliente que ele representa. No mundo corporativo dizem que é essencial separar a pessoa do empresário da empresa em si. Na advocacia corporativa não é diferente. O advogado empresarial tem de ser mais que um técnico jurídico; ele tem de ter visão empresária e foco na satisfação dos interesses e necessidades de seus clientes e no resultado.

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