22 jan Nós brasileiros somos empreendedores?
Em um pouco mais de 20 anos a visão dos brasileiros acerca das projeções para o futuro, elencavam um cargo em órgão público ou uma colocação com carteira assinada. Nossos desejos evoluíram, passando acrescentar com criação da própria empresa.
A recente caminhada como empreendedores tem origem histórica, pois somente em 1934 a Constituição fixou as primeiras diretrizes de políticas sociais e trabalhistas, o salário mínimo foi regulamentado em 1938 com o intuito de atender as necessidades básicas dos trabalhadores. Essas mudanças movimentaram grande número de pessoas na busca de um emprego que garantisse as novas regulamentações como salário mínimo, férias e descanso remunerado, impossibilitando a população desejar mais que isso.
As garantidas sociais foram o primeiro passo para que hoje a população já mais instruída voltasse-se para criação do seu próprio negócio.
Tais garantias nem completaram 80 anos e o Brasil evolui rapidamente passando a estimular o empreendedorismo, sendo que em menos de 100 anos já encontramos boa parcela da população focada em empreender.
No Rio Grande do Sul este índice é maior devido à colonização, em maior percentual, de Alemães, Italianos, Austríacos entre outros. Ao desembarcarem no sul, frente à limitação imposta pela língua foram obrigados a empreender criando os seus próprios negócios.
Atualmente o Brasil aponta maior taxa de empreendedorismo entre as 20 maiores economias, dados relatados pela Global Entrepreneurship Monitor – GEM, que desde 2003 aponta os brasileiros como criadores do seu próprio negócio através da percepção de espaço no mercado e não por força das dificuldades na obtenção de emprego. Indicando que para cada 2,1 empreendedores por oportunidade existe um por necessidade.
Conforme estudo realizado pelo Sebrae, apesar de constatado crescimento das pequenas em médias empresas ao menos 50% destas deve fechar as suas portas por força da burocracia, da alta carga tributária e do despreparo na gestão.
No Rio Grande do Sul a taxa sucesso dos pequenos e médios empreendimentos, que não fecharam as portas nos 02 anos seguintes a sua abertura passou de 71,3% para 72,9%, consolidando a veia empresária dos gaúchos.
Empreender necessita de ousadia e informação (conhecimento técnico), pois apenas os mais preparados se perpetuam após os primeiros anos de vida, o acesso facilitado a legislações e ferramentas de aperfeiçoamento contribuiu e muito na manutenção dos empreendimentos.
O caminho está sendo trilhado e nos próximos anos o governo fomentará a atividade empresarial, através de medidas que visam facilitar a atividade das empresas como na criação de agências como APEX- BRASIL. No entanto, ainda esperamos a redução da burocracia e a reforma tributária.