As várias faces de uma crise

Nenhuma crise é eterna. Os ciclos da economia e dos mercados fazem as empresas passarem por momentos melhores ou piores. Chega um determinado tempo em que a empresa ou dá a volta por cima, encolhe suas atividades ou quebra. Várias são as causas que levam uma empresa ao insucesso, mas quatro situações são as mais significativas e talvez mais importantes em um cenário de crise: (1) A falta de poupança e um caixa mínimo para sobreviver em momentos de dificuldade; (2) toda operação em cima de um único cliente; (3) o ego acima do lucro e (4) a demora na reação ao estado de crise.

A falta de capital gera desconfiança e custos, seja ele financeiro ou mesmo intagível, com a perda de valores corporativos construídos muitas vezes por décadas. A centralização cria dependência ao principal cliente e as intempéries do mercado em que o mesmo está inserido, o qual muitas vezes pouco conhecemos. O ego do dono ou de uma diretoria cria situações de isolamento e acirra conflitos internos. Por consequência, leva a demora na reação e na tomada de decisões por parte do empresário, o que, atualmente, é uma das principais causas de quebra ainda no Brasil. A ciência da crise, no Brasil, ainda é relativamente nova, na minha ótica, pois aqui se discute muito indicadores macro-econômicos e seus efeitos, mas pouco a vida “corporativa” como ela é. Por isso é sempre bom lembrar; nenhuma crise é eterna!