28 abr 5 vantagens e 5 desvantagens do home office
Fonte: Zero Hora
No escritório de advocacia onde Cassiane Rubbo atua como gestora de pessoas, o home office foi implantado na metade de março, quando o coronavírus começava a ganhar corpo no país. Uma reunião interna, convocada para avaliar medidas emergenciais que garantissem a saúde da equipe, terminou com os colaboradores sendo informados de que deveriam chegar para trabalhar no dia seguinte com seus notebooks a tiracolo. Seria iniciada a etapa de instalação dos programas que os permitiriam atuar remotamente. Quem não tinha o equipamento recebeu suporte da empresa.
Em dois dias, as 55 pessoas, entre associados e funcionários do Scalzilli Althaus, de Porto Alegre, passaram a trabalhar de suas casas, mantendo contato por diferentes aplicativos. O mais usado é o WhatsApp, onde estão os grupos de conversas como o Covid-19, criado especialmente para tratar de conteúdos informativos que estão sendo produzidos pelos advogados. Como os tribunais estão fechados e os prazos processuais suspensos, o corpo jurídico foi incentivado a criar informes diários que mantivessem os clientes informados das frequentes mudanças que vêm sendo impostas por edição de medidas provisórias (MPs).
Vemos um time estimulado e engajado com o nosso propósito. Percebemos novas habilidades se desenvolvendo que até então não conhecíamos: criatividade, adaptabilidade e muita vontade — observa Cassiane.
Ela reconhece, porém, que esse processo de mudança é delicado, traz desafios e requer adaptações. Psicóloga por formação, pontua que mudanças repentinas levam algum tempo para serem assimiladas, o que pode implicar em alterações emocionais devido às incertezas. Alto grau de ansiedade, medos e impaciência fazem parte dessa realidade.
— Acabamos tendo que fazer um trabalho de aproximação maior e com muita empatia — diz.
Pela amostragem que teve até aqui, avalia que trabalhar remotamente tem sido positivo, uma etapa de aprendizados e até de aproximação com os colegas, mesmo a distância.
— Com certeza, aprendemos a nos comunicar mais com as pessoas, a ouvir mais, a ficar mais perto. O trabalho remoto nos exige isso.
O futuro do home office no Scalzilli Althaus ainda é uma dúvida, mas jamais descartado.
— Estamos abertos às novas tendências, claro, sempre avaliando os riscos, acompanhando a performance e desempenho dos profissionais que compõem nosso grupo. Então, não excluímos essa possibilidade para algumas áreas, porém, sempre com o cuidado para não perder a nossa essência, que é estar próximo do cliente — conclui.
Cassiane Rubbo
Gestora de Pessoas