03 abr Pedidos de patentes brasileiros no exterior crescem 17% em 2011
Em mais uma prova de que a inovação está em alta no Brasil, os pedidos de patentes nacionais no sistema global PCT (Patent Cooperation Treaty) cresceram 43% nos últimos quatro anos, sendo 17% de aumento só em 2011. Desta forma, o País atingiu a marca de 572 pedidos, segundo as estimativas divulgadas no dia 5 de março pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Além do Brasil, os outros países que integram os BRICs tiveram forte avanço, enquanto europeus e americanos ainda tentam se recuperar da queda registrada após a crise de 2008. O resultado mais impressionante é o da China: em apenas quatro anos, o país experimentou crescimento de 200% em suas patentes no PCT, com 16.406 pedidos apenas em 2011. Já a Rússia teve expansão de 40% em quatro anos (chegando a 964) e a Índia apresentou aumento de 58%, atingindo 1.430 no ano passado.
– A expansão dos BRICs era esperada, e tais índices devem crescer ainda mais nos próximos anos. No Brasil, trabalhamos com um aumento anual nos pedidos de patente na faixa de 10%. Nosso objetivo é estimular ainda mais esta ampliação, atraindo novos cidadãos e empresa para o sistema, pois a patente é essencial para a competitividade – comentou o presidente do INPI, Jorge Avila, lembrando que o Instituto está investindo numa parceria com os outros países que integram os BRICs para impulsionar a inovação nestes países.
Em sentido inverso, os Estados Unidos tiveram queda de 10% nos pedidos de patentes ao comparar 2011 com 2007. Os índices americanos vinham em baixa até 2010, tendência que só começou a ser revertida no ano passado. Mesmo assim, os americanos ainda são os maiores usuários do sistema, com cerca de 48 mil pedidos em 2011, como estima a OMPI.
Entre os europeus, a trajetória foi um pouco diferente: houve um abalo pós-crise, mas muitos já estão um pouco acima dos índices de 2007. O crescimento acumulado é de 4% na Alemanha e 16% na França. Por sua vez, o Reino Unido ainda apresenta queda de 13%.
Outros países asiáticos mostraram bom desempenho nos últimos quatro anos: o Japão, por exemplo, teve crescimento de 40%, enquanto a Coréia do Sul apresentou uma expansão de 47% entre 2007 e 2011.