17 set OCDE prevê recessão de 2,8% na economia brasileira em 2015
O Brasil deve ter uma retração de 2,8% na economia em 2015, segundo novas previsões da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reviu a estimativa feita em junho passado, de que a economia brasileira recuaria 0,8%.
Para o ano que vem, a expectativa da OCDE também é de uma piora do cenário econômico do País: a expectativa passou de uma alta de 1,1% para uma queda de 0,7%. Em 2014, o PIB brasileiro subiu apenas 0,1%.
As previsões da entidade são de redução do crescimento mundial em 2015 e 2016. A OCDE aponta a desaceleração nas importações da China como um dos fatores para os efeitos negativos nas economias emergentes que têm fortes ligações comerciais com o país asiático e são exportadoras de commodities. Pelas previsões da organização, a China deve crescer 6,7% em 2015 e 6,5% em 2016.
Mas além da recessão no Brasil, a OCDE reviu para baixo o crescimento em países desenvolvidos como o Canadá, reduzindo de 1,5% para 1,1% suas estimativas. A baixa no preço do petróleo, do carvão e dos metais é um dos fatores associados à desaceleração da economia canadense.
No caso dos países europeus, a organização considera que a retomada do crescimento é “decepcionante” e projeta um crescimento de 1,6% em 2015 e de 1,9% em 2016, para a região. Japão também deve ter baixo desempenho, com uma previsão de crescimento de 0,6% em 2015 e 1,2% em 2016.
Já os Estados Unidos devem consolidar as perspectivas de crescimento e devem chegar aos 2,4% em 2015 e a 2,6% em 2016, impulsionados pelo crescimento dos empregos e do consumo das famílias.
Nesse cenário, a OCDE projeta para a economia mundial um crescimento de 3,0% este ano, 0,1% a menos que previsão anterior. Sediada em Paris, a organização reúne 34 países detentores das economias mais ricas do mundo e é sucessora da Organização para a Cooperação Econômica Europeia. O Brasil não faz parte da OCDE como país-membro, mas tem relações de cooperação com a entidade. (ABr)