Bélgica observa oportunidades em iniciativas logísticas no Rio Grande do Sul

A Bélgica planeja aproximar-se ainda mais do Rio Grande do Sul. O embaixador belga no Brasil, Jozef Smets, destaca a relevância econômica do Estado e adianta que o setor prioritário para o desenvolvimento de novos negócios entre as duas partes será o de logística, com o foco nos segmentos portuário e de hidrovias (áreas em que podem ser feitas atividades como, por exemplo, dragagens). Ele ressalta que a própria Bélgica é um centro logístico europeu.

Os belgas estiveram ontem na capital gaúcha realizando encontros com representantes da Fiergs, Secretaria dos Transportes e Mobilidade e com o governador José Ivo Sartori. Além disso, visitaram a redação do Jornal do Comércio.

Smets cita como prova de afinidade o fato de duas empresas da Bélgica participarem do processo de licitação da dragagem do porto do Rio Grande (o consórcio formado pelos grupos Jan de Nul e Deme apresentou a melhor proposta e aguarda a assinatura do contrato para iniciar as obras).

O cônsul-geral da Bélgica, Didier Vanderhasselt, também salienta que um importante grupo de logística do porto da Antuérpia, o Van Moer Group, já possui representação no Brasil e, em breve, deverá abrir um escritório em Porto Alegre. O principal interesse da empresa será a cabotagem. Outra iniciativa defendida pelo embaixador, provavelmente para ser encaminhada em 2016, é uma missão comercial de gaúchos na Bélgica.

O país, em 2012, figurava como 10º principal destino das exportações do Rio Grande do Sul, alcançando cerca de US$ FOB 412 milhões, uma participação de 2,37% do total. O país vinha logo atrás do Uruguai com US$ FOB 447 milhões. Quanto ao Brasil, nos nove primeiros meses de 2014 as exportações da Bélgica para os brasileiros somaram aproximadamente € 2,48 bilhões e as importações € 1,78 bilhão.

Smets enfatiza que o comércio entre as duas nações está crescendo, apesar do contexto da economia global atualmente. “As companhias que conhecem o Brasil sabem do potencial a longo prazo e que a crise e os problemas econômicos são temporários”, frisa o embaixador. Assim como no campo logístico, o dirigente vê oportunidades no agronegócio e defende uma maior relação entre a União Europeia e o Mercosul.