Alta de receitas de viagens corporativas deve desacelerar

As receitas com viagens corporativas somaram no ano passado R$ 40,17 bilhões no Brasil, o que corresponde a um crescimento de 9,20% na comparação com os R$ 36,78 bilhões de 2013, de acordo com os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) divulgados na segunda-feira, 23, durante a 10ª edição de evento do setor – Lacte (Latin American Corporate Travel Experience).

Para 2015, a projeção é de um crescimento de 8,15%, o que indicaria uma diminuição do ritmo de expansão.

A pesquisa, realizada com as 1.100 maiores empresas em atuação no Brasil, revelou que 61,5% das companhias reduzirão os gastos com viagens corporativas e 23% delas irão manter os mesmos valores do ano passado.

“Pela primeira vez, desde que a pesquisa é feita, há nove anos, constatamos um indicador recessivo no setor”, afirmou Eduardo Murad, presidente da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), que coordena a pesquisa ao lado do Senac.

Ainda sobre os resultados de 2014, a associação destaca que, dentre os setores que compõem as receitas do setor, o aéreo lidera com 52,81%, seguido por hospedagem (28,64%), locação de carros (5,87%), alimentação (5,26%), agenciamento (4,83%) e tecnologia (2,59%).

O estudo também aponta que as viagens corporativas foram responsáveis pela geração de 752 mil empregos diretos e indiretos, representando 24,02% do total de postos de trabalho do setor de viagens e turismo no Brasil no ano passado.

E sinaliza que, considerando o efeito multiplicador na economia, o volume de negócios gerados pelas viagens corporativas soma R$ 75,93 bilhões.

“Os números de 2014, apesar de apresentarem um crescimento em volume em relação ao ano passado, apontam uma pequena retração na variação anual entre 2013 e 2014, que foi reflexo das incertezas geradas pela Copa do Mundo, eleições presidenciais e instabilidade econômica”, acrescentou Murad.