Rio Grande do Sul caminha para recorde de trimestres com PIB negativo

Acostumado a ter o desempenho da economia influenciado ao clima, o Rio Grande do Sul parece depender mais agora da atmosfera de Brasília para sair da recessão. Tragado pela paralisia instalada no país derivada da crise política, o Estado viu o PIB do terceiro trimestre encolher 3,4% na comparação com o mesmo período da 2014, mostrou nesta quarta-feira a Fundação de Economia e Estatítica (FEE). No acumulado do ano, o recuo é de 1,7%.

O resultado igualou o recorde negativo observado entre 2004 e 2005 de seis trimestres consecutivos no vermelho. Com a tempestade política chegando agora ao ápice, o Rio Grande do Sul caminha para engatar uma sequência ainda mais longa de queda na atividade.

A diferença é que em 2004 e 2005 tínhamos uma razão bem definida que era a seca — observa o economista Martinho Lazzari, diretor técnico da FEE, lembrando que, à época, o Brasil crescia e o clima no Estado em seguida se normalizou.