Petróleo da Opep cai para US$ 40,21, menor valor desde 2009

Viena – O preço do petróleo da Opep caiu para um novo valor mínimo em mais de seis anos, ao baixar na quinta-feira para US$ 40,21 o barril, variação negativa de 3,17% em relação ao dia anterior, informou o grupo com sede em Viena.

Esta cotação do barril usado como referência pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – uma cesta de 12 tipos diferentes da commodity, uma para cada membro – é a mais baixa desde o dia 24 de fevereiro de 2009.

O preço do Brent e do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) caiu fortemente ontem – variação negativa de 3,96% e 2,75% -, para US$ 44,06 e US$ 41,75, nos mercados de Londres e Nova York, respectivamente.

Estas baixas coincidiram com o anúncio oficial de um novo e forte aumento semanal das reservas de petróleo nos Estados Unidos, de 4,2 milhões de barris, quatro vezes mais do que esperavam os analistas.

Os preços da commodity aprofundaram a tendência de queda das últimas semanas, em um dia em que a Opep informou que mantém as perspectivas da demanda mundial baixas para 2016 e advertiu sobre o elevado nível das reservas de petróleo armazenadas no planeta.

Em seu relatório mensal de novembro publicado na quinta-feira, a Opep prevê uma alta muito moderada anual da demanda, de 1,65% para este ano e de 1,35% em 2016, quando o consumo chegaria a 94,11 milhões de barris diários (mbd).

Uma forte alta da oferta mundial do produto frente a uma pequena alta da demanda é a principal causa do desabamento dos preços, em torno de 50%, desde meados do ano passado, quando o barril custava mais de US$ 100.

Nos primeiros nove meses deste ano, a demanda aumentou em 1,6 mbd e foi amplamente superada pelo crescimento da oferta de 2,5 mbd durante o mesmo período, deixando uma ampla margem de excesso que acaba se acumulando nos estoques dos consumidores, segundo o relatório.

Assim, o nível armazenado nessas reservas de petróleo supera o que foi alcançado no começo de 2009, quando o consumo e os preços caíram de forma abrupta por causa da crise financeira mundial de 2008.