O mundo promissor das marcas e patentes

No século 21, as mudanças econômicas, científicas e tecnológicas que estão acontecendo no mundo estão transformando o mercado de trabalho e abrindo, como se sabe, espaço para novos negócios e carreiras. Frente a esse cenário, preparamos uma série com quatro profissões que estão surgindo e tendem a despontar como potencialmente promissoras. No artigo de hoje, vamos falar de uma área de atuação relativamente recente num dos campos profissionais mais tradicionais: o Direito de Propriedade Intelectual.

Na era globalização e da sociedade do conhecimento, a criatividade tem surgido como um recurso estratégico a ser destacado na conexão entre as diversas áreas do conhecimento, produzindo alterações na organização da economia. Hoje, aparecem empresas criadas essencialmente para serem inovadoras, assim como surgem produtos e serviços constantemente oriundos de ideias criativas. O que evidencia cada vez mais a necessidade de se proteger e se registrar essas invenções. Campo de trabalho do especialista em Direito de Propriedade Intelectual que abrange o mundo das marcas, patentes, direitos autorais e de imagens, softwares, repressão à concorrência desleal, dentre outros.

Há carência desses profissionais no mercado, porque, além do conhecimento técnico, essa área exige uma qualificação mais abrangente e multidisciplinar para o exercício competente da profissão. Isso porque se patenteiam inventos de diversos segmentos – fármacos, mecânica, dispositivos médicos, etc. Por exemplo, quem sabe como funciona um software ou conhece bem o corpo humano e seus sistemas de órgãos, consegue compreender melhor o problema e a dimensão da solução encontrada pelo cliente. Além disso, poderá dispor do conhecimento que possui para avaliar – preliminarmente – se uma invenção é efetivamente algo inovador e pode ser protegida.

“Há carência desses profissionais no mercado, porque, além do conhecimento técnico, essa área exige uma qualificação mais abrangente e multidisciplinar.”

Esta escassez impulsionou universidades a criarem cursos de especialização em caráter lato sensu a fim de trazer os profissionais de volta aos bancos escolares para aprender a proteger as empresas em que trabalham. Antes, o interesse pela propriedade intelectual vinha dos próprios criadores dos produtos que queriam proteger seus negócios. No Nordeste e em Pernambuco, essa realidade não se altera.

A efervescência da economia pernambucana dinamizada pela abertura de novos setores e pelo aporte de investimentos vultuosos, têm atraído empresas de fora. A chegada dessas novas empresas tem aquecido o mercado, acirrado as disputas e a concorrência fazendo com que haja litígios diversos, inclusive na área de PI. Várias ações judiciais envolvendo o direito de marcas são movidas por multinacionais incomodadas pela concorrência. Além disso, conta a favor da boa receptividade do mercado para a área saber que até pouco tempo não existiam escritórios estruturados para atendimento à área de PI, levando muitas empresas a contratarem advogados de fora do Estado, geralmente do Rio ou São Paulo.