O amplo mercado imobiliário…

Tudo nos dias de hoje acaba voltado ou ligado ao mercado imobiliário.Grandes indústrias necessitam de grandes instalações, empresas necessitam ampliar acomodações e famílias anseiam pela moradia dos sonhos.

A realização destes anseios ocorre através das construtoras que vivenciam momento de euforia, devido ao incentivo do governo ao consumo interno e criação de linhas de crédito da classe “C” através do projeto “minha casa minha vida”.

Diante desta euforia do mercado, crescente desde 2005, as grandes construtoras voltaram-se para o público de baixa renda focando em novas incorporações e lançamentos “a toque de caixa”. No entanto, não contavam com o declínio da mão de obra ocorrido nos últimos dois anos com a falta de pedreiros, bem como do aço ao cimento, levando aos altos custos das obras.

Atropelada pela redução de mão se obra ocorrido nos últimos anos a Cyrela teve um prejuízo de 533 milhões de reais com empreendimentos que custaram mais do que o previsto. Nesta senda, outra construtora afetada por estratégias eufóricas foi a Gafisa, que atualmente trilha caminhos tortuosos frente às dificuldades encontradas devido à incorporação da Tenda em 2008. Tal operação na época parecia uma pechincha, em razão da desvalorizaçao de suas ações semanas antes do fechamento do negócio, o que até a presente data não apresentou os resultados esperados.

Segundo o próprio presidente da Gafisa, Alceu Duilio Calciiolari, em matéria publicada pela revista Exame afirmou ser a rentabilidade da Tenda próxima do zero, quando deveria estar entre 10% e 15%, pelas projeções feitas no momento da compra, com base no volume de vendas que a incorporação proporcionaria.

No entanto, somente após a aquisição da Tenda a Gafisa notou-se ser baixa a sua rentabilidade, baseada em lançamentos aos quais não possuía a capacidade de entregá-los.

A Gafisa constatou que em alguns casos os empreendimentos custariam 50% mais do que o inicialmente previsto e outros que foram construídos sem respeitar o projeto original, o que motivou a mudança de posicionamento, voltando-se a efetivação de lançamentos para clientes de baixa renda que tenham sido previamente aprovados pela caixa.

No entanto, por estarem as construtoras envolvidas em todos os projetos que abarquem crescimento, modernidade e desenvolvimento, qualquer desaceleração neste mercado gerador de receita, empregos e entre outros fomentos para o amento do PIB, poderão refletir diretamente no bolso do brasileiro.

Como devemos nos portar frente a este mercado?

Com cautela e diligencia através da consulta a profissionais especializados no momento de analisar a viabilidade dos empreendimentos, na atuação como investidores, na criação de incorporações e demais atos que necessitem de conhecimentos específicos do mercado, que tende a oscilar frente as instabilidades da sofrida economia externa.