Nós brasileiros somos empreendedores?

A visão dos brasileiros acerca das projeções para o futuro, há 20 anos, elencava a ocupação de um cargo público ou uma colocação com carteira assinada. Nossa população cresceu com estes desejos, sendo que até pouco tempo a política interna voltava-se para criação de empregos e garantias sociais sem realizar nenhum estímulo ao empreendedorismo.

Tais conceitos fazem parte da nossa construção política, em 1934 a Constituição fixou as primeiras diretrizes de políticas sociais e trabalhistas, o salário mínimo foi regulamentado em 1938 com o intuito de atender as necessidades básicas dos trabalhadores. Essas mudanças movimentaram hordas de pessoas na busca de um emprego que garantissem as novas regulamentações como salário mínimo, férias e descanso remunerado.

As garantias sociais nem completaram 80 anos e o Brasil evolui rapidamente passando a estimular o empreendedorismo, sendo que em menos de 100 anos já encontramos boa parcela da população focada em empreender.

No Rio Grande do Sul este índice é maior devido à colonização, em maior percentual, de Alemães, Italianos, Austríacos entre outros. Ao desembarcarem no sul, frente à limitação imposta pela língua foram obrigados a empreender criando os seus próprios negócios.

Atualmente o Brasil aponta maior taxa de empreendedorismo entre as 20 maiores economias, dados relatados pela Global Entrepreneurship Monitor – GEM, desde 2003 os brasileiros criam seus negócios pela percepção de espaço no mercado e não por força das dificuldades na obtenção de emprego. Indicando que para cada 2,1 empreendedores por oportunidade existe um por necessidade, conforme os dados de 2010.

Apesar do constatado crescimento das pequenas em médias empresas em recente estudo realizado pelo Sebrae – RS, ao menos 50% destas deve fechar as suas portas por força da burocracia, da alta carga tributária e do despreparo na gestão.

No Rio Grande do Sul a taxa sucesso dos pequenos e médios empreendimentos, que não fecharam as portas nos 02 anos seguintes a sua abertura passou de 71,3% para 72,9%, consolidando a veia empresária dos gaúchos.

Empreender necessita de ousadia e informação (conhecimento técnico), pois apenas os mais preparados se perpetuam após os primeiros anos de vida, o acesso facilitado a legislações e ferramentas de aperfeiçoamento contribuiu e muito manutenção dos empreendimentos.

O caminho esta sendo trilhado e nos próximos anos o governo fomentará a atividade empresarial, através de medidas que visam facilitar a atividade das empresas com praticas que iniciam desde cortes na taxa Selic, planos econômicos – Plano Brasil Maior e na criação de agências como APEX- BRASIL – Agência Brasileira de Produção de Exportação e Investimentos, resta com essa gama de oportunidades que os empresários e futuros empresários encontrem-se preparados para usufruir destas benesses.