Mesmo em Crise, o Brasil tem bons atrativos.

É inegável que uma crise econômica e política, como a que o Brasil atravessa, freia investimentos e aumenta a desconfiança da classe empreendedora que tanta riqueza gera. Por consequência, o mercado de fusões & aquisições se retrai, com perda de competitividade para todos. Mesmo assim, com a expressiva valorização do dólar, fundos e investidores estrangeiros – americanos, árabes e chineses, por exemplo – estão chegando de olho em boas oportunidades. É inegável que o tamanho do mercado consumidor brasileiro e um parque fabril ainda robusto podem gerar ganhos de escala, diminuindo a exposição ao risco. Um dia a economia vai se recuperar e quem já estiver atuando no país, entendendo as necessidades atuais do consumidor e estando próximo a ele terá vantagem competitiva em relação àqueles que fizeram o caminho inverso e foram embora. Adquirir ou mesmo instalar operações no Brasil, financiados por capital estrangeiro, mesmo com a alta carga tributária e leis trabalhistas anti-mercado, ainda compensam. Passo seguinte é lutar para se consolidar e crescer organicamente, criando valor, ganhos de escala e fatias de mercado, deixados por concorrentes retraídos e assustados. O ciclo se completa, talvez, com novas aquisições expansionistas ou quem sabe a venda de uma operação altamente valorizada no futuro, quando a estabilidade vier. Fique atento! Mesmo para àqueles que acham que o Brasil ainda não está barato, frente ao risco existente, os investidores e empresários terão de agir, mais cedo ou mais tarde, para não perder um mercado de 200 milhões de pessoas, cujo consumo descansa mas não dorme. Cabe ao empresário local, proteger seu fluxo de caixa, dimensionando faturamento e cortando custos. Criar valor, nesse momento, é difícil para a maioria, mas sempre há aqueles que se sobressaem aproveitando as oportunidades que somente em momento de crise existem.