Kodak processa Apple por interferência em venda de patentes

A Kodak entrou com processo contra a Apple para impedir que a maior empresa norte-americana em valor de mercado interfira nos planos da companhia pioneira no segmento de fotografia de vender um grande portfólio de patentes, como parte significativa do seu plano de reestruturação de falência.

Em ação arquivada na segunda-feira na corte de falência norte-americana de Manhattan, a Kodak afirmou que a Apple alega equivocadamente possuir dez patentes decorrentes de trabalhos realizados em conjunto por ambas no início da década de 1990.

A FlashPoint Technology, uma empresa fechada, também alega ser detentora de patentes, por meio de uma parceria com a Apple, que se desfez da companhia em 1996.

As patentes incluem a tecnologia que permite aos portadores de câmeras pré-visualizar as imagens em telas de LCD.

As patentes integram o portfólio de captura digital da Kodak, que segundo a companhia inclui mais de 70 patentes para equipamentos como câmeras digitais, smartphones e tablets, que geraram receita superior a 3 bilhões de dólares desde 2001.

Segundo a Kodak, a Apple infringiu a maior parte das patentes deste portfólio, além de ser uma potencial compradora das mesmas.

“A estratégia da Apple tem sido utilizar sua substancial posição de caixa para atrasar o máximo possível o pagamento de royalties à Kodak” e interferir na venda, afirmou a Kodak.

“A Apple e a FlashPoint buscam se beneficiar da posição financeira difícil da Kodak, que será exacerbada se os credores não puderem receber o valor justo pelas patentes”, acrescentou.

Advogados da Apple e da FlashPoint não retornaram imediatamente os pedidos de comentários.