Hospitais Privados podem ter acesso a Capital Estrangeiro

As principais empresas de private equity do mundo estão avaliando oportunidades de investimentos ligados ao setor de Serviços de Saúde em nosso país. De acordo com Fabrício Nedel Scalzilli, advogado e membro de conselho da Magnólia Partners, esse movimento foi fortalecido após a presidente Dilma sancionar a Lei nº 13.097, que passou a permitir a participação de empresas de capital estrangeiro em serviços de saúde no Brasil. Poderão ser alvos destes investimentos, clínicas, laboratórios e hospitais inclusive por meio de participações diretas de estrangeiros até mesmo como sócios controladores.

Existem mercados em que o Governobrasileironão consegue atender as expectativas de uma população cada vez mais exigente.Um bom exemplo é o setor de educação no qual a oferta de cursos superiores aumentou consideravelmente após a entrada de empresas estrangeiras e a injeção de recursos de ​fundos de investimento em participações. A tendência atual é de que com a nova regulamentação permitindo investimento estrangeiro direto, o setor de serviços de saúde avance no país.

​Estudos recentesafirmam que a tendência é que, até 2040, 30% da população brasileira seja composta por idosos. O problema é que o Brasil não está devidamente preparado para este novo perfil populacional. O sistema de saúde pública possui grande dificuldade de acompanhar o ritmo de crescimento populacional brasileiro, o que contribui para que investidores privados estrangeiros capitalizem empresas de saúde privadas no Brasil.

Fundos deprivateequity estrangeiros estão buscando boas oportunidades de investimento em hospitais privados no Brasil. Segundo Eduardo Bugs, diretor executivo da Magnólia Partners, estes recursos financeiros são abundantes porém o que faltam são empresas brasileiras com projetos de investimentos bem estruturados e com nível de governança adequado para acessar este capital.