Grécia ainda pode ir à falência e sair da zona do euro, diz Christine Lagarde

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou que não é certo que a Grécia consiga evitar a falência e que pode ser forçada a sair da União Europeia, apesar das medidas de austeridades impostas ao país.

“Ainda há remédios para serem tomados. E é isso que está acontecendo na maioria dos países do sul da zona do euro no momento, junto com a Irlanda”, disse Lagarde em entrevista ao programa “60 Minutes”, da rede CBS, que será transmitido neste domingo (8). O programa também entrevistou o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble.

Em entrevista à BBC no fim de março, a chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que seria catastrófico' permitir que a Grécia abandonasse a zona do euro, que se veria «incrivelmente fragilizada». «Tomamos a decisão de fazer parte de uma união monetária. É uma decisão não apenas monetária, mas também política», declarou Merkel.

A Grécia fechou dois planos de resgate financeiro com a União Europeia e o FMI. No fim de fevereiro, os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram um novo pacote de resgate financeiro para o país com a finalidade de evitar o calote da dívida.

Em 6 de maio, a Grécia deve realizar as eleições após um acordo de swap de títulos, que busca reduzir sua grande dívida e permitir um resgate de 130 bilhões de euros. O empréstimo reduzirá a carga da dívida da Grécia e permitirá que o país permaneça na zona do euro, embora sob um grau de controle externo e fiscalização muito maior.

O segundo resgate grego permitirá à Atenas reduzir sua dívida dos atuais 160% para 117% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, abaixo do percentual de 120,5% previsto inicialmente pelos parceiros internacionais. Os cálculos são da troika, formada pela Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu. As informações são do G1.