Fazenda britânica rejeita plano do Rangers, que pode decretar falência

O clube entrou em moratória em fevereiro, por conta de dívidas que chegam a 21 milhões de libras (mais de R$ 66 milhões). Como punição, o clube acabou perdendo 10 pontos no Campeonato Escocês.

Caso decrete a falência, o clube de Glasgow pode ficar fora das competições europeias pelos próximos três anos. Além disso, precisaria do “sim” de todas as outras equipes da primeira divisão do Campeonato Escocês para seguir participante da elite do futebol no país.

Após decretar moratória, o Rangers nomeou a empresa londrina “Duff and Phelps” como administradora da entidade. Em maio, o empresário Charles Green apresentou uma oferta de 8,5 milhões (mais de R$ 26 milhões) de libras pelo clube.

Green apresentou um plano de viabilidade que permitiria que se chegasse a um acordo com diferentes credores para o pagamento das dívidas. Um plano, que se fosse aceito, garantiria a compra da equipe de Glasgow.

A moratória é uma situação temporária que o clube vive. Nela, a entidade não tem liquidez para pagar dívidas. Com isso, a falência, a qual o clube pode chegar na quinta-feira, implicaria que a entrega de todos os bens a seus devedores.

Após a decisão da fazenda britânica, o Rangers deverá ser reformado como uma nova companhia: “O clube continuará operando como sempre fez, mas com uma nova estrutura empresarial”, afirmaram os administradores do clube.

“Estou muito decepcionado com a decisão tomada de não apoiar o plano de viabilidade. Esta desilusão, com certeza, sentirão todos os torcedores do Rangers”, afirmou Charles Green, no site do clube escocês.

Contudo, o empresário deixou uma mensagem aos fãs da equipe: “Posso prometer aos torcedores que este clube manterá seu nome original e seguirá jogando no Ibrox Stadium”.

Por sua vez, a Fazenda britânica acredita que a decisão de decretar a falência, permitirá encontrar os responsáveis pela dívida do clube. “Declarar a quebra do clube é a melhor oportunidade para proteger os contribuintes e investigar assim aos responsáveis pela economia do clube nos últimos anos”.