Fabricante dos Blackberry está “basicamente na falência”, diz a Morgan Stanley

Em Março deste ano, a empresa apresentou perdas de 125 milhões de dólares. Dois meses antes, os fundadores deste fabricante canadiano de telemóveis, tinham substituído a direcção, como estava a ser pedido pelos accionistas, que procuravam uma nova liderança capaz de revitalizar uma empresa cujo valor bolsista se estava a esfumar.

Porém, três meses após a designação de novas chefias, o valor bolsista da RIM está no seu valor mais baixo desde há dez anos.

“Acreditamos que o historial da RIM está essencialmente quebrado”, escreveram os analistas da Morgan Stanley num relatório de avaliação da empresa, no qual consideram também que a “única solução” para a RIM passa por fraccionar a sua dimensão, separando áreas de negócios. O relatório aponta, contudo, que esta será “uma transformação que apagará grande parte do poder financeiro” da empresa.

Na bolsa de Toronto, as acções da RIM não chegam a atingir os 10 dólares (9,04 dólares), valores que não se registavam há quase uma década.

Segundo os analistas da Morgan Stanley, nos próximos seis a nove meses a empresa vai enfrentar uma deterioração rápida e terá de tomar potenciais opções estratégicas.

O jornal inglês The Sunday Times noticiou no fim-de-semana que a empresa estava a analisar a separação da divisão de equipamentos e a rede de comunicação RIM Network, assim como a possibilidade de vender parte do capital, mas os responsáveis da RIM desmentiram essa informação.

A RIM confirmou a contratação das empresas RBC Capital Markets e J.P. Morgan para rever as suas opções estratégicas, depois da saída dos fundadores e de o novo Chief Executive Officer (CEO, sigla inglesa para presidente executivo) Thorsten Heins ter assumido o controlo com a promessa de inverter a situação.

A fabricante dos Blackberry despediu 2000 funcionários até hoje.