Energia Eólica no Rio Grande do Sul – Boas perspectivas de investimentos

O vento Minuano sempre foi uma característica marcante do Rio Grande do Sul. O gaúcho se habituou a ele e com ele aprendeu a conviver. Pois, atualmente, o gaúcho se habituou a ver o vento também como fonte de renda e de desenvolvimento.

Os projetos de geração de energia a partir dos ventos, estabelecidos no RS, e habilitados pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE a participarem no Leilão A-3 do próximo dia 06 de Junho, representam 2.155MW, divididos em 98 projetos avaliados em R$ 8.5 bilhões.

Mas não são somente bons ventos que garantem tantos projetos no RS. A qualidade da infraestrutura (linhas de transmissão e Subestações) e facilidades na construção (mão de obra qualificada e logística), transformaram o pampa gaúcho em um canteiro de obras.

Segundo a ABEEólica, a capacidade eólica instalada no RS é de 528MW, e, em instalação, mais 1.444,1MW. São quase 1000 aerogeradores transformando energia dos ventos em energia renovável e renda para proprietários de terras na metade sul do Estado.

O RS já possui o maior complexo eólico da América Latina. Localizado nas cidades de Santa Vitória do Palmar e Chuí, o Campos Neutrais, da Eletrosul, reúne 3 parques: Geribatu, Chuí e Hermenegildo que, em conjunto, somam 583MW, energia para 3,4 milhões habitantes.

Em construção, o complexo tem números impressionantes: são quase 5.000 empregos diretos e indiretos e um investimento estimado de R$ 2.7 bilhões na instalação de 300 aerogeradores, segundo dados da própria Eletrosul.
Essa energia toda chega até nós por uma linha de transmissão de 500km que está sendo construída entre Santa Vitória do Palmar e Nova Santa Rita.

Assim, o RS avança como referência na energia eólica no Brasil. Seja pela nacionalização progressiva dos equipamentos, a infraestrutura dos Pólos Navais de Rio Grande e Charqueadas/Guaíba, que geram empregos e divisas para o Estado. Seja pelo aumento na oferta de energia limpa, já que o RS gera em seu território menos da metade da energia que consome.

A natureza agradece e, em tempos de crise energética, famílias, setores agrícolas e a indústria também.