Como ficará o mercado imobiliário?

Em recente pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas e divulgada na revista Exame, nos últimos três anos, o preço dos imóveis no Brasil subiu bem mais que a renda da população. Questiona-se acerca da existência de espaço para crescimento ou a valorização do mercado imobiliário já atingiu o teto?

Acredita-se que o preço dos imóveis praticamente dobrou em muitas regiões do país. No entanto, em relação a outros países os preços locais ainda são competitivos com margem de espaço para subir, apesar do metro quadrado mais caro da América Latina encontrar-se no Brasil os preços ainda são baixos em relação a algumas cidades da Europa, Estados Unidos e até alguns países emergentes, como Índia e Rússia.

Em contrapartida à alta dos imóveis os reajustes salariais não acompanharam a valorização do preço dos imóveis, o que torna a compra da casa própria um sonho cada vez mais distante dos brasileiros que ainda não adquiriram as suas.

O caminho trilhado pelo aumento do preço dos imóveis vem acompanhado de prestações mais caras apesar da queda dos juros de 14% para 10%. Em simulação realizada pela Fipe o valor de um imóvel de R$ 360.000,00 se financiado 80% do valor em 06 anos com as taxas usuais de 2007 estabelecidas em 14%, teria parcela de R$ 5.700,00 e a simulação com as taxas atuais reduzidas para 10% a parcela do mesmo imóvel seria de R$ 7.000,00, considerando um financiamento de 80% em 13 anos.

Nos Estados Unidos e na Europa, a população aceitou migrar para áreas distantes das áreas centrais devido à existência de boas condições de transporte, saneamento, lazer e emprego, ao contrário do que ocorre no Brasil em que as regiões metropolitanas não contemplam condições de abrigar a população já acostumada com as comodidades existentes nos grandes centros.
Devemos nos preparar para a linearidade do aumento dos preços dos imóveis de alto padrão. Assim, quem comprou bem se deu bem.