Banco Efisa está numa situação de falência

O administrador da Parvalorem, sociedade que ficou com os ativos e imparidades do BPN, disse esta terça-feira no Parlamento que o Banco Efisa está numa situação de falência e que será difícil a sua venda.

“A situação do banco Efisa é de falência”, disse Jorge Pessoa, citado pela Lusa, perante os deputados da comissão de inquérito à nacionalização e reprivatização do BPN.

Segundo o responsável, será difícil o Estado vender ou arranjar comprador que injete capital na instituição.

“Não estou a ver o Estado a injetar capital”, afirmou o também gestor do Banco Efisa.

Já quanto ao BPN Crédito, de que também é administrador, Jorge Pessoa disse hoje que decorrem conversas com três interessados na aquisição do banco. No entanto, afirmou, só um deverá chegar a uma fase mais adiantada das negociações.

Jorge Pessoa chegou ao BPN em 2005 para coordenar a Região Centro, passando em 2008, com a nacionalização, para a administração do banco, a convite do então presidente Francisco Bandeira.

Além de ter funções de gestão no BPN Crédito e Banco Efisa (assim como em outras empresas do grupo BPN, que passaram para o controlo estatal), Jorge Pessoa integra também o conselho de administração da Parvalorem, Parups, e Parparticipações, os veículos estatais que absorveram grande parte das imparidades do BPN.

O gestor, tal como os também administradores das Pars, Mário Gaspar e Rui Pedras, está agora demissionário, devendo cessar funções a 30 de junho, na sequência de a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, ter dado conta da intenção de nomear uma nova equipe.