Leilão da Usina Catende, em PE, é remarcado por falta de compradores

O parque industrial da massa falida da Usina Catende ganhou uma nova data para ser leiloado: 31 de junho. Isso porque, no leilão que estava marcado para a tarde desta quarta-feira (13), no Recife, ninguém ofereceu o lance mínimo, de R$ 100,7 milhões.

A cerimônia presencial aconteceu no Fórum Joana Bezerra, no plenário da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Na internet, o leilão já estava aberto há 15 dias. Funcionários e antigos trabalhadores da usina estavam esperançosos, porque muitos estão à espera de indenizações trabalhistas há cerca de 18 anos.

O juiz da 18ª Vara Cível, Silvio Romero, que determinou o leilão, acompanhou os dois minutos que durou a cerimônia, já que ninguém ofereceu o lance mínimo. O valor pedido equivale aos bens da massa falida – a planta industrial, os 210 hectares do engenho Catende, o grupo de quatro geradores, veículos, tratores e máquinas agrícolas, além do valor de mercado da usina.

Romero Beltrão explicou o que acontecerá se, no segundo leilão, a usina não tiver compradores: “Deve ser realizado um segundo leilão, com um diferencial. Não havendo sucesso, a usina deve ser colocada para arrendamento. Ou seja, a ideia é que ela não vá moer pelo poder Judiciário, e não existindo um segundo leilão, ela irá para arrendamento”.

O juiz também determinou a redução do lance mínimo, que agora é de R$ 65,5 milhões. As dívidas da Usina Catende chegam a mais de R$ 500 milhões. Somente com os trabalhadores, o débito é de R$ 150 milhões.