Economistas sobem previsão de inflação pela 6ª semana e veem Selic a 13,75%

Economistas ouvidos pelo Banco Central subiram, pela 6ª semana seguida, a previsão para a inflação deste ano, de 8,31% na semana passada para 8,37% nesta semana.

O valor está acima do limite máximo estabelecido pelo governo. A meta é de 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos; ou seja, pode variar de 2,5% até 6,5%.

A projeção para a Selic, a taxa básica de juros, também subiu, de 13,5% na semana passada para 13,75%. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão foi de queda de 1,2% para baixa de 1,24%.

A projeção para o dólar foi mantida em R$ 3,20.

Governo piora projeção do PIB

Na última sexta-feira (22), o Ministério do Planejamento informou que a equipe econômica piorou a própria projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Antes, o governo previa uma contração de 0,9% para este ano; agora, a projeção é de que a economia vai encolher 1,2%.

A estimativa para a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve leve alta, de 8,2% para 8,26%. O governo projeta ainda dólar comercial em R$ 3,22 no fim do ano.

Entenda o que é o boletim Focus

Toda segunda-feira, o BC divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores econômicos do país.

Mais de 100 instituições são ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre outros.

Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados, desprezando os menores e os maiores valores.